Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.
Luís Vaz de Camões
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
sábado, 15 de outubro de 2011
domingo, 9 de outubro de 2011
"Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão."
William Shakespeare
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
domingo, 2 de outubro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
"O organismo, que parecia uma unidade independente, capaz de agir por si mesmo, é inserido no meio físico, como um desenho no tapete. Já não é ele que se move e sim o meio nele. Nossas ações não passam de reações. Não existe originalidade. Viver é adaptar-se; adaptar-se é permitir que o contorno material penetre em nós, expulse-nos de nós mesmos. Adaptação é submissão e renúncia."
José Ortiga y Gasset
José Ortiga y Gasset
domingo, 7 de agosto de 2011
Meus Amigos...
"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
Oscar Wilde
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
Oscar Wilde
domingo, 24 de julho de 2011
"...Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração..."
[...]
"- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos."
Trechos do livro O pequeno príncipe de Antoine De Saint-Exupéry
[...]
"- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos."
Trechos do livro O pequeno príncipe de Antoine De Saint-Exupéry
domingo, 19 de junho de 2011
domingo, 12 de junho de 2011
domingo, 5 de junho de 2011
domingo, 29 de maio de 2011
Sobre o tempo...
"Os gregos antigos entendiam o tempo como um círculo que sempre se repete. Com base na observação da natureza, eles percebiam que ocorre um processo de nascimento, desenvolvimento, decadência e morte, que se repete continuamente. Na primavera, as árvores florescem; no verão, dão os frutos; no outono, perdem as folhas; no inverno parecem mortas. Voltando a primavera, elas renascem. Por essa maneira de pensar o tempo, o envelhecimento e a morte não são considerados desgraças. Pelo contrário, são apenas a preparação para o novo. A passagem do tempo não causa ruína, apenas renova."
História - uma abordagem integrada - Nicolina de Petta e Eduardo Ojeda
História - uma abordagem integrada - Nicolina de Petta e Eduardo Ojeda
sábado, 28 de maio de 2011
domingo, 22 de maio de 2011
"Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo."
Cecília Meireles - Ou isto ou aquilo
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo."
Cecília Meireles - Ou isto ou aquilo
domingo, 15 de maio de 2011
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente...
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Mário Quintana - Seiscentos e sessenta e seis
"O trabalhador é tanto mais pobre quanto mais riqueza produz, quanto mais cresce sua produção em potência e em volume. O trabalhador converte-se numa mercadoria tanto mais barata quanto mais mercadorias produz. A desvalorização do mundo humano cresce na razão direta da valorização do mundo das coisas. O trabalho não apenas produz mercadorias, produz também a si mesmo e ao operário como mercadoria, e justamente na proporção em que produz mercadorias em geral."
Karl Marx
Karl Marx
sábado, 14 de maio de 2011
domingo, 8 de maio de 2011
"Ninguém, pelo que posso ver, fez uso daqueles elementos, existentes no ar, que dão direção e motivação a nossas vidas. [...] A época exige violência, mas estamos tendo apenas explosões abortivas. As revoluções são abafadas no nascedouro ou ocorrem muito depressa. A paixão esgota-se rapidamente. Os homens voltam as ideias, come d'habitude. Nada se propõe que possa durar mais do que vinte e quatro horas. Estamos vivendo um milhão de vidas no espaço de uma geração."
Henry Miller - Trópico de Câncer
Henry Miller - Trópico de Câncer
domingo, 1 de maio de 2011
"Os químicos são uma estranha classe de mortais, impelidos por impulso quase insano a procurar prazeres em meio a fumaça e vapor, fuligem e chamas, venenos e pobreza, e no entanto, entre todos esses males, tenho a impressão de viver tão agradavelmente que preferiria morrer a trocar de lugar com o rei da Pérsia."
Johann Joachim Becker , Physica Subterrâne (1667)
Johann Joachim Becker , Physica Subterrâne (1667)
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