"Eu sempre soube que a beleza era o que havia de mais frágil sobre a terra." Eugénio de Andrade

Em 2012 eu sai da casa dos meus pais para estudar em outra cidade. Toda vez que volto para casa deles, eles carinhosamente preparam sacolas com algumas coisinhas para eu trazer para Araraquara, e hoje, arrumando uma dessas sacolas encontrei esse bilhete escrito pelo meu pai que me fez chorar num misto de emoção e alegria e transbordar de amor. Quanta saudade eu sinto de casa! Como eu queria poder abraça-lo forte agora! Família é tudo de bom  Aproveite a vida, aproveite o amor, aproveite sua família!!! \o/

Às vésperas do segundo turno da eleição para o cargo mais importante da nossa nação, posts são publicados a cada segundo em nossas mídias sociais e veículos de informação e vc lê e ouve qualquer tipo de besteira. Assim como tantos, deixo aqui minha marca virtual/pessoal nessa eleição, que vai entrar para história.

Aos que continuam a soltar absurdos impropérios sobre o programa Bolsa Família, sobretudo as mulheres, sugiro que leia essa matéria, que é a pesquisa feita pela antropóloga Walquiria Domingues Leão Rêgo, da Unicamp. E sugiro também que vocês se forcem a pensar um pouco além de suas bolhas.

Não me venha com essa: "não se deve dar o peixe e sim ensinar a pescar", e que a solução "para essa gente" é o controle de natalidade...Mas sabe, meus caros, a solução é o cessar da sua ignorância, pois para o país melhorar falta uma discussão mais abrangente do que esse seu discursinho de direita reaça.

Leia aqui a interessante matéria.

"Movido pela pressa e pelo empenho em imediatizar o cotidiano, o homem acaba por perder a consciência individual das ações, dos objetos e das situações. Por isso, abreviam-se palavras, criam-se siglas, desenvolvem-se esquemas para tornar mais rápida a superação dos compromissos e dos contatos com as pessoas. A lei da economia das energias reduz tudo a números ou a volumes sem identidade, processo que objetiva o máximo de rendimento com um mínimo de atenção." Ivan Teixeira

Fonte: http://textoterritorio.pro.br/alexandrefaria/recortes/cult_fortunacritica_2.pdf

Bruzundanga é um país fictício descrito por Lima Barreto e foi publicado postumamente em 1923. O panorama representado do século passado é tão ironicamente atual que mostra como nosso país evoluiu tão pouco, principalmente nos arredores da mente de nossa burguesia.

"- O doutor Sicrano já escreveu alguma coisa?
 - Por que perguntas?
 - Não dizem que ele vai ser eleito para a Academia de Letras?
 - Não é preciso escrever coisa alguma, meu caro; entretanto, quando esteve na Europa, enviou lindas cartas aos amigos e...
 - Quem as leu?
 - Os amigos, certamente; e, demais é um médico de grande clínica. Não é bastante?"

(BARRETO, Lima, Os Bruzundangas, ed. Porto Alegre: L&PM, 2001, p.150)

Sou bem dessas balconistas/livreiras:

"A glória das letras só a tem quem a elas se dá inteiramente; nelas, como no amor, só é amado quem se esquece de si inteiramente e se entrega com fé cega" Lima Barreto em Os Bruzundangas